Contra o dia burocrático e o modo funcionário de viver

27.8.07

O vai-e-vem - EPC, 25.08.2007


Confesso que não era a maior das admiradoras de Eduardo Prado Coelho. Admirava-lhe a escrita, a dinâmica de pensamento. Discordava da opinião e produção muitas vezes. Mas há pessoas que julgamos imunes ao vai-e-vem da vida e ao «escândalo objectivo» da morte. Cheguei ontem de férias e dei com a «silly season» interrompida pela objectividade crua da sujeição de todos às regras desse vai-e-vem. Depois da doença, da retirada lenta e progressiva, EPC morreu. Ao ultraje segue-se o vazio. Mesmo na discordância sinto-lhe – sente-se - a falta, e ainda só lá vão dois dias.